Terra de Jackson do Pandeiro
A bela de cidade Alagoa Grande está localizada na micro região do Brejo Paraibano, fica a 103 km da Capital João Pessoa, e enche os olhos dos moradores e visitantes. Quem chega no município se depara com lindos casarões que segundo historiadores foram construídos por escravos no século XIX. Os principais casarões aparecem na praça central e próximo a matriz centenária. É uma das cidades do entorno com grande potencial turístico rural e ecológico. Com vários pontos turísticos a beleza da terra de Jackson do Pandeiro começa no portal de entrada da cidade.
“Moro em Esperança e comecei a trabalhar em Alagoa Grande há quatro meses e venho e volto para minha cidade todos os dias, e o que mais me encantou quando vim pela primeira vez aqui foi o portal de entrada, fiz questão de fotografar e postar em minhas redes sociais”. Comentou a bancária Luana Oliveira,25 anos.
O portal a que Luana se refere é o monumento Jackson do Pandeiro. Quem chega a Alagoa Grande tem que atravessar esse gigante pórtico em forma de pandeiro, instalado em uma das entradas da cidade, circundado por uma placa proporcional ao monumento, com os dizeres: “Alagoa Grande – Terra de Jackson do Pandeiro”. O monumento é formado por duas colunas que sustentam um pandeiro que homenageiam o músico e compositor José Gomes Filho. E assim com tamanha beleza os visitantes são recebidos e atraídos a conhecer a terra dessa grande artista brasileiro.
Jackson do Pandeiro
Jackson do Pandeiro, é o nome artístico de José Gomes Filho,nascido em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919,foi cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco,arrasta-pé, quadrilha, marcha, frevo, dentre outros. Também conhecido como O Rei do Ritmo. Jackson faleceu em Brasília, no dia 10 de julho de 1982.
Memoria Viva: Memorial Jackson do Pandeiro é principal atração em Alagoa Grande
O dia 19 de dezembro de 2008 ficará marcado para sempre na história do município de Alagoa Grande,nessa data foram abertas as portas do Memorial Jackson do Pandeiro (Terra natal do cantor), instalado na Rua Apolônio Zenaide, 687, localizado no centro da cidade. O espaço, um casarão de 1898, restaurado e adaptado ao equipamento, também abriga os restos mortais do artista, que foi trasladado do Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, para sua terra natal, 26 anos após o falecimento e às vésperas dos 90 anos de nascimento.
No memorial encontramos discos, objetos, documentos, fotografias, vestuários, entre centenas de peças,que foram reunidas por familiares, amigos, colecionadores, pesquisadores e artistas,e desde a inauguração estão em permanente exposição.
“O turismo cultural é uma das saídas para o desenvolvimento desses municípios”, reforça o jornalista Fernando Moura, biógrafo do homenageado e curador do projeto. Músico de samba, o paraibano Jackson do Pandeiro foi um grande ritmista da música popular brasileira (MPB). A música Chiclete com Banana por exemplo, que ele lançou é referência na vida musical e cultural do país.
“Além de reacender a memória sobre esse grande artista o projeto do Memorial Jackson do Pandeiro fez com que as pessoas,principalmente turistas começassem a enxergar o lado cultural da cidade e ampliou a visibilidade econômica da cidade.” Relatou Jailson Santos,que mora há 10 anos da cidade e no mesmo tempo possui um restaurante.
No dia da inauguração do memorial o documentário “Jackson do Pandeiro – Uma identidade nacional”, foi exibido e quem visita no dia-a-dia pode ver o curta que tem cerca de 15 minutos. O documentário tem depoimentos de artistas, amigos, parentes e estudiosos, além de imagens e falas do próprio Jackson, num trabalho de pesquisa realizado por Érico Sátyro e Gilson Renato, que também dirige o vídeo.
Na ocasião a viúva de Jackson, Neuza Flores comentou com a imprensa a importância da ocasião. “De onde estiver, Jackson estará feliz, vendo sua terra reconhecer o talento e a perseverança de um filho seu. Todos nós estamos felizes. Esse é um momento para ser guardado para sempre na lembrança e no coração.”
