Sitio São João: Réplicas de um Sítio na cidade
Em 2013 a cidade de Campina Grande comemorou os 30 anos do Maior São João do Mundo. Um evento que ao longo do tempo ganhou destaque em todo o Brasil e até no exterior pela sua maguinitude, são 30 dias de festa realizados em uma área com 42.000 mil metros quadrados conhecida como Parque do Povo ou simplesmente PP como é carinhosamente chamado pelos campinenses.
Mas, não foi apenas pela grandeza dos números que essa festa se tornou o que ela é hoje. A sua riqueza cultural é sem dúvida o tempero que diferencia o São João de Campina das demais festas do tipo realizadas em todo o Nordeste. É impossível falar do São João de CG, conhecido tradicionalmente por sua riqueza em cultura e tradição e não lembrar-se do Sitio João.
Uma réplica de uma típica vila do interior do Nordeste dos séculos XIX e XX que é montada há 20 anos durante o mês de junho. Visitar o Sítio São João é entrar em uma espécie de ”túnel do tempo”, onde é possível conhecer uma casinha de taipa, igreja, bodega e até uma casa de farinha que foi reconhecida como a primeira indústria do Brasil, ela já existia aqui antes da chegada dos colonizadores.
O projeto é idealizado pelo cenógrafo João Dantas. Ao longo dos seus vinte anos de funcionamento o local já recebeu em média a visita de dois milhões de pessoas, a exemplo da turista de Natal Ana Maria que destaca a importância da realização de um projeto como este.
FALA
Durante todos esses anos em que o sitio São João é montado passou por reformas e ampliações em sua estrutura. Durante todos os dias do mês junho os visitantes são recebidos com forró pé-de-serra, poetas, violeiros, quadrilhas, grupos folclóricos e grupos teatrais. “O sitio São João é uma singela réplica, porem muito forte, do Nordeste colonial, aqui você encontra a cultura negra embólica dos colonizadores e a cultura indígena. É resultado de uma trajetória de vida, eu iniciei muito cedo minha vida artística. Relatou João Dantas”.
Por todos os lados podem ser ver turistas, sejam eles de outras cidades, estados e países. Todos ficam encantados com as riquezas culturais encontradas em cada detalhe um exemplo é cantor campinense Capilé. “O sitio São João retrata a realidade do nosso Nordeste, já me apresentei diversas vezes neste ambiente, me sinto muito feliz por poder fazer parte desta história”, ressalta Capilé.
O sitio São João que é uma das maiores atrações turísticas do Maior São João do mundo, ainda dispõem de engenhos de farinha e açúcar onde é produzido caldo de cana, rapadura, farinhadas e beiju. “O acervo do sitio São João será sempre uma obra inacabada que cresce a cada ano, é tanto que vai chegar o momento que terá que ser montado em um lugar de forma permanente” comenta João Dantas.
O sitio São João representa dentro da cidade a vida rural, que mantém viva as tradições de nosso país. É uma passagem simples, mas muito forte do Nordeste, uma junção de povos, crenças e costumes que originaram a história dessa região do Brasil.
Salão do Artesanato: Atrai turistas e ajuda na renda familiar de Artesãos
O salão do artesanato em Campina Grande a cada ano vem superando a meta de vendas e público. No ano passado em sua 19ª edição foi visitado por 85 mil pessoas, segundo informou a gestora do programa de artesanato da Paraíba, Ladjane Barbosa.
Quem visita o salão do artesanato encontra peças de diversas tipologias e trabalhos de 500 artesãos de toda Paraíba, peças de madeira, couros, fios, fibras, brinquedos populares e ferro. No local o que não falta é alegria, tem muito forró, apresentações culturais e comidas típicas para venda e degustação.
Artesanato com o barro foi o tema deste ano. ““Todos os anos homenageamos uma tipologia e fazemos rodízio. Estes artesãos ganham lugar privilegiado no evento, com stands dispostos logo na entrada para chamar a atenção dos visitantes. Toda a decoração também será voltada à cerâmica”, explicou Ladjane.
O salão já se consolidou como um dos melhores e principais eventos do Maior São João do Mundo que acontece na Rainha da Borborema. Para Jailson Santos a organização do evento chama atenção. “Me encantei com a maioria da peças, são bastante delicadas e regionais, comprei muitas peças para presentear”, comentou o turista de João Pessoa.
A artesão Alenildo Teodosio,42 anos comemorou a venda de suas peças feitas com a fibra da banana “ Com a divulgação e espaço do salão do artesanato consegui aumentar em quase 100 % minhas vendas no mês de junho e consequentemente garantir um dinheiro extra para reformar alguns cômodos de minha casa” comemorou o artesão.
Este ano o evento que teve inicio em 05 de Junho, estendeu-se até o dia 29. O espaço que é montado no bairro do catolé, mas precisamente na Avenida Brasília era aberto aos visitantes sempre a partir das 15 horas, funcionando até ás 22 horas.
Instalado sempre no mês de Junho, o Salão do Artesanato é promovido pela secretaria de Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico, por meio do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP).
Teatro Severino Cabral: Ícone Cultural de Campina Grande
Inaugurado em novembro de 1963, na cidade de Campina Grande-PB o Teatro Severino Cabral (TMSC) chegou aos 50 anos de existência. O teatro que recebeu o nome do ex-prefeito campinense é considerado pelos admiradores das artes cênicas um verdadeiro ícone cultural.
Visitados pelos moradores da rainha da Borborema, o local serve para diversas apresentações a exemplo de eventos e palestras . Com uma arquitetura moderna e que encanta a todos é dono de grandes histórias de Campina Grande e visitado por diversos amantes da arte. Um deles é o senhor Joseilton Pereira, radialista e poeta.
“O cinquentão, teatro Municipal Severino Cabral é um dos locais onde mais gosto de está, nele tive a oportunidade de conhecer vários ramos da arte e enriqueci meus conhecimentos na área, até porque gosto de me aventurar nas questões artísticas”, relatou com alegria o radialista.
O arquiteto responsável por seu desenho arquitetônico futurista foi o engenheiro civil Geraldino Pereira Duda. Inspirado em um bico de flauta o teatro possui uma área edificada de 4.816 m², bar social, camarotes com 58 lugares, 10 camarins, galeria de arte, palco de 400 m² de profundidade e sanitários públicos, com 14 unidades individuais em cada. Em 1988, a parte central foi ampliada para 586 lugares. Além de possuir ar-condicionado, elevador social, subestação elétrica e um sistema de combate a incêndio. Hoje em todas as dependências do teatro o sistema Wi-fi com internet gratuita funciona para todos os seus clientes.
Ano passado (2013) várias atividades foram realizadas para comemoração dos 50 anos de existência da casa, uma série de atividades como espetáculos de teatro, dança, música, exposições, lançamento de livro e filme, entre outras atrações marcaram a semana de homenagens.
Quem visita o teatro também encontra o mini teatro Paulo Fontes, com um âmbito menor ele está o interior da casa artística, foi construído no final da década de 80, tem capacidade para 80 pessoas e promove apresentações menores de dança, palestras, peças e oficinais.
Já em relação ao balé clássico, cerca de 50 crianças são atendidas na escola de Dança do Municipal. Essa escola foi criada em 1990, e para participar um dos pré-requisitos é que as crianças estejam matriculadas na rede municipal de ensino. Desde sua criação a escola vem fomentando nos pequeninos o espirito artístico de cada uma.
Adilson Almeida, 47 anos, não esconde o quanto gosta de participar de eventos promovidos no teatro Severino Cabral. “Não gosto muito de festas na rua e quando quero me divertir e ouvir música de qualidade não penso duas vezes em ir quando artistas como Fagner, Ana Carolina e Elba Ramalho vão se apresentar”, relatou.
O teatro municipal Severino Cabral é verdade templo de artes. A casa de espetáculos está localizada na Avenida Marechal Floriano Peixoto, centro de Campina Grande.


